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A criolipólise, técnica de “congelar” a gordura, está em alta. Não há quem não tenha curiosidade de saber como e se funciona. Considerando que a gordura localizada é uma maiores queixas estéticas de nossas (os) clientes, temos de estar por dentro. A técnica vai além dos modismos de nossa área; já provou que é eficiente e veio para ficar.
Já li alguns artigos científicos sobre o assunto e muitos profissionais renomados já utilizam a técnica com sucesso em suas clínicas ou cabines estéticas. Antes de começar a explicar o que é a criolipólise, vamos retomar alguns temas importantes para o entendimento.
O QUE É GORDURA LOCALIZADA?
O aumento de peso corporal é resultado da equação já conhecida: quantidade de energia ingerida maior do que o gasto calórico. O aumento do peso pode trazer prejuízos à saúde. Muitos cardiologistas alertam que o tecido adiposo abdominal, por exemplo, pode ser um fator de risco. Além de trazer prejuízos à saúde, o aumento de peso é uma grande insatisfação físico-estética. O tecido adiposo, considerado o principal reservatório de energia do nosso corpo, é constituído por adipócitos (células maduras especializadas no armazenamento de lipídios na forma de triglicerídeos em seu citoplasma), adipoblastos (células jovens), vasos sanguíneos, tecido nervoso e fibroblastos (células que garantem a características se o tecido é mais compacto ou flácido) e células imunes.
CRIOLIPÓLISE, NA TEORIA, O QUE É?
A técnica está há pouco tempo no mercado. Aqui no Brasil começou em 2011. Mas desde antes vinha sendo estudada. Em 2008, os médicos Dieter Manstein e Rox Anderson, pesquisadores de Harvard, nos Estados Unidos, fizeram um estudo da eficácia da criolipólise em animais (porcos). O objetivo do estudo foi avaliar se danos seletivos a gordura subcutânea poderiam ser obtidos por aplicação de frio sobre a pele. Eles utilizaram temperaturas de -5o C e -8o C durante 10 minutos.
Como resultado, perceberam que o frio resultou em inflamação, morte adipocitária por apoptose, redução de 40% (em média) da camada de gordura e, por fim, a fagocitose do adipócito. Este trabalho norteou os trabalhos seguintes para pilotos com células adiposas e depois com humanos. Tendo em vista dados publicados comprovando a eficácia e segurança da criolipólise, em 2010 o uso deste técnica teve autorização do FDS (Food and Drug Administration), para ser utilizada em flancos.
A partir daí surgiram protocolos de aplicação em outras regiões e em 2012, teve liberação para abdômen e, em 2014, para tratar gordura na região de coxas. No artigo de revisão bibliográfica, Fundamentos de Criolipólise, Fábio dos Santos Borges e Flávia Acedo Scorza, entendem a criolipólise “como o ‘resfriamento’ localizado do tecido adiposo subcutâneo de forma não invasiva, com temperaturas em torno de -5o C a -15oC (medida externamente), causando paniculite fria localizada, morte adipocitária por apoptose e, consequentemente, diminuição do contigente adiposo localizado”.
Vamos à explicação: o sistema de congelamento à vácuo, utilizado na criolipólise, age no tecido adiposo, que é seletivo para as baixas temperaturas. O resfriamento causa cristalizações dos lipídeos do citoplasma das células, resultando em uma inviabilidade destas.
Como consequência, depois de 24 a 72 horas da aplicação da criolipólise, o tecido adiposo sofre uma paniculite, uma inflamação, e a apoptose (morte) das células e posterior fagocitose pelos macrófagos, responsáveis pela digestão e remoção das células lesadas. Ou seja, estas células são excretadas pelo metabolismo. O processo de apoptose começa dentro de 3 dias após a criolipólise, com pico em torno de 14 a 30 dias.
Dentro deste tempo, de 14 a 30 dias, o processo inflamatório reduz e a atividade dos macrófagos é intensificada. Os resultados clínicos ficam mais evidentes em torno de 60 dias após a aplicação da criolipólise. Análises de literatura mostram a redução de 20 a 26% da camada de gordura no local.
NA PRÁTICA, COMO É REALIZADA?
Na hora da aplicação, a área a ser tratada recebe uma manta protetora, uma membrana anticongelante, que tem substâncias específicas para pele não congelar. Esta manta funciona como uma “capa protetora” no local. O ideal é que se escolha uma manta pela qualidade e não pelo preço. Infelizmente, como em tudo, há mantas falsas no mercado. E mais, a manta não é reutilizável. Uma vez usada, deve ser jogada fora.
Em seguida, é aplicado no local uma manopla da máquina, que vai fazer uma sucção à vácuo da região a ser tratada. Esta manopla é formada por duas placas de resfriamento. O ideal é que esta manopla, que tem formato de um “copo”, esteja cheia da metade até o topo. Claro que tem a técnica ideal para fazer isso. Mas é importante observar que a quantidade máxima de tecido adiposo está dentro do “copo”.
Muitas pessoas podem perguntar se a criolipólise pode gerar flacidez, por conta deste “puxão” no tecido. Se for feita de maneira errada, sem técnica, claro que sim. Por isso, é necessário que a pessoa que for aplicar a criolipólise saiba exatamente a técnica. Logo após o acoplamento da região, a máquina vai aquecer a uma temperatura de 42o C e logo em seguida resfriar e pode chegar até -10o C. O resfriamento é gradativo e cada sessão pode durar de 45 a 60 minutos.
Um estudo publicado em 2014, por Boey & Wasilenchuk, no Canadá, analisou a associação da crolipólise com outro recurso terapêutico. O objetivo foi determinar se a adição de manobras de massagem manual pós- tratamento melhoraria a eficácia da criolípólise.
Neste estudo, 17 indivíduos foram tratados no abdômen inferior. Um dos lados foi massageado pós criolipólise e o outro lado serviu como controle.
10 foram avaliados com fotos e ultrassonografia e 7 com análise histológica. No grupo de 10 indivíduos, 4 meses após o tratamento, a média de redução da camada de gordura foi 44% maior no lado massageado e, no outro grupo, os resultados histológicos não evidenciaram necrose ou fibrose resultante da massagem.
PÓS CRIOLIPÓLISE
O pós da criolipólise também é muito questionado. A grande maioria quer saber se é necessária a continuação do tratamento. Pelo que tenho lido e visto, sim. Não existe uma fórmula ideal para a continuação, cada caso é um caso. Mas para melhores resultados, com certeza a criolipólise deve ter um tratamento continuado. Mas é claro, que devemos usar o bom senso. Muitos profissionais, desesperados pelo resultado, acabam aliando muitas técnicas do pós crio, para estimular ou assegurar uma resposta. E algumas dessas combinações podem gerar problemas sérios.
Por isso, é preciso conhecimento científico, baseado na fisiologia, hipotermia e possíveis consequências para poder elaborar o melhor protocolo. Devemos ter em mente e falar para o/a cliente que os resultados não são imediatos, podem demorar de 2 a 6 meses!!
O ideal é que o profissional avalie o que é adequado e possível em cada caso e pensar em um protocolo ideal para cada um. Mas algo que acredito que vale muito a pena é recomendar acompanhamento nutricional e a realização de exercícios físicos. E o uso de cinta pode ajudar a modelar.
PERGUNTAS FREQUENTES
Quantas sessões são necessárias?
Em uma única sessão, é possível eliminar de 20 a 26% da gordura. Importante que a pessoa siga uma rotina saudável após o tratamento, que certamente ajudará no resultado final. De uma sessão para outra, o ideal é reaplicar com intervalo de 3 a 6 meses. Em um ano, é possível fazer de 3 a 4 vezes.
Vale lembrar que o resultado final é a longo prazo e não imediato.
Há riscos?
Trata-se de uma técnica segura. Porém, se mal aplicada, pode causar problemas sérios, como queimaduras. Algumas pessoas com mais sensibilidade ao frio podem sentir a região adormecida e dolorida após a sessão. Outras podem ter reações transitórias, como hiperemia, desconforto, dor local – mas devem desaparecer, em média, após uma semana.
A sessão de criolipólise dói?
Não. Causa um certo desconforto por conta da tração da pele, mas suportável.
É preciso repouso após a sessão?
Não. A pessoa que é submetida a criolipólise pode retornar à vida normal logo após a sessão.
Há alguma contraindicação?
Doenças raras, crioglobulinemia, hemoglobinúria paroxística ao frio, gestantes, lactantes com período menor que 7 meses, hérnia na região, cicatriz na região, feridas e infecções na região, AIDS, doenças autoimunes, obesidade, mulheres com DIU, doença de Raynaud, pessoas com tumores ou neoplasia, alterações neurológicas e no pós cesárea (só após mínimo de 3 meses).
Referências Bibliográficas:
BORGES, F. dos S.; SCORZA, F. de A. Fundamentos de Criolipólise. Fisioterapia Ser. vol. 9 – no 4. 2014
MANSTEINS, D et al. Selective cryolysis: a nivel method of nonivasive fat removal. Lasers Sur Med, 2008.
PEREIRA, Maria de Fátima Lima. Recursos Técnicos em Estética. Volume II. Série Curso de Estética. 1a ed. São Caetano do Sul, SP:
Difusão Editora. · ROCHA, L.de O.; URZEDO, A. P da S.; LIPPI, J. B;. Criolipólise: Tecnologia não invasiva para redução de medidas. South American Journal Of Aesthetic Medicine. Pág 8-12, março 2013
Fonte-base: http://www.mundoestetica.com.br/esteticageral/criolipolise-o-poder-do-frio-contra-a-gordura-localizada/